Ministério da Educação não dialoga com as comunidades universitárias

Ataques à educação e ao Sistema Federal de Ensino foram as marcas do MEC no primeiro ano do governo Bolsonaro

O Ministério da Educação – MEC, tem sido um dos mais atingidos pelas políticas equivocadas do governo Bolsonaro. Além de estar praticamente inoperante desde o início do atual governo, está novamente passando pela troca de mais um ministro da Educação, o quarto desde a posse de Bolsonaro em janeiro de 2019.

A FASUBRA Sindical não encontra interlocutor para discutir as pautas de interesse dos trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação. Não há reuniões de trabalho, as representações da Categoria são ignoradas, e os ataques à educação são sistemáticos. As universidades têm sido o alvo preferencial da disputa ideológica do governo, que reduziu verbas, cortou bolsas de apoio estudantil, acabou com programas importantes e, o pior, despreza a ciência e os cientistas, desqualificando as comunidades universitárias.

Embora toda esta situação, as universidades públicas e institutos federais têm sido protagonistas nesta pandemia, mantendo os hospitais universitários em pleno funcionamento com toda a sua capacidade; produzindo insumos para a área de saúde (máscaras, respiradores, medicamentos etc.); realizando pesquisa em parcerias com órgãos nacionais e internacionais em busca da vacina contra o vírus; investigando e propondo formas de controlar o contágio; participando de comissões de orientações e controle da doença.

DISCUTIR A EDUCAÇÃO DO FUTURO 

As comunidades universitárias exigem que o MEC seja assumido por um ministro técnico e competente, que retome o diálogo com as áreas de educação, defina o futuro do ENEM 2020 democraticamente, participe do debate sobre o Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb), e ofereça alternativas de continuidade aos programas e projetos da área, de forma, principalmente, a contribuir com o debate de enfrentamento do que foi perdido por milhões de alunos, paralisados há mais de 100 dias. É, necessário ainda, intensificar a discussão sobre as novas formas de ensino, considerando as dificuldades para o retorno às aulas no modelo presencial, em todos os níveis, da educação básica ao ensino superior.

É importante que o Ministério da Educação tenha à sua frente um ministro à altura desse importante cargo, que o negacionismo científico seja abandonado, que a ciência seja fomentada e que o MEC se abra ao diálogo com os diferentes setores da Educação brasileira. Afirmamos a necessidade de resgatar o Plano Nacional de Educação e colocá-lo em prática. A prioridade de investimentos de 10% do PIB nacional na Educação Pública é uma agenda imprescindível para a educação brasileira.

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Disponível em <https://sindufla.org.br/2023/03/14/quem-mandou-matar-marielle/> Acesso: 20/03/2023 às 12:44